Eric Saade: 'Forgive Me' (revisão do álbum)
Longe vai a altura em que o Eric Saade iria lançar três álbuns no espaço de dezoito meses. E três grandes álbuns. Porém hoje, ele está a voltar. E após quase dois anos de espera, na próxima semana ele virá com um novo álbum onde colocou nele uma grande qualidade laboral (ele é o co-compositor de todas as trezes músicas). E não foi somente a programação do lançamento que foi dramaticamente alterada.......
Excusado será dizer que quem procura um novo 'Manboy' ou 'Popular' neste álbum poderá educadamente procurar num outro lugar. Mas mesmo que estejas à procura de um novo 'Hotter Than Fire', tu continuas à procura no local errado. Eric Saade mudou nestes dois anos. E inevitavelmente o seu som também. Ainda mais do que aquilo que poderíamos esperar. Contudo, felizmente que não acabou por ser algo mau. Em vez disso, apesar de toda evolução, o álbum continua a ter um pop sólido. É o nosso ponto de vista - aqueles que gostariam que continuasse a gravar músicas como a 'Made Of Pop', 'Fingerprints' e 'Love Is Calling' - poderão ser conquistados com este novo álbum. Ele mudou o seu som por completo. Mas mudou-o da maneira mais acertada.
Momentos pop como 'Coming Home' e 'Marching (In The Name Of Love)' podem ser misturados e fundem-se ao lado de sons como 'Till I Break' e 'In My Head'. E há também inspirações dos anos oitenta que temos o orgulho de as ter - as irmãs 'Cover Girl' e a sua participação no novo single do A-Lee, 'Flashy'. Além disso, ele finalmente dominou a arte de criar uma balada de alta qualidade - 'Stay' é o tipo de música que ninguém, nem o próprio Eric, imaginaria há uns anos atrás, que ele poderia criá-la.
'Beautiful' e 'Boomerang' são as nossas favoritas. São duas canções que conseguem criar um compromisso perfeito entre o antigo e o novo Saade. Ambas músicas de R&B e pop maduro com uma produção incrível, e ambas possuem uma grande melodia pop para transmitir a mensagem. Elas destacam-se por si próprias por serem um pouco diferentes do resto do álbum. E se ele tivesse que concentrar a nossa atenção num som específico do seu novo álbum - nós escolheríamos (ou melhor, pressionariamos) ele desta maneira. Na lista do álbum, elas estão seguidas da magnífica 'Marching'. Mas que tripla ameaça. E depois vem a 'Stay'. A linda e magnífica 'Stay'.
Até agora, as baladas do Saade enquadraram-se em duas categorias. Popásticas e cativantes ('Someone New', 'Break Of Dawn' e 'Still Loving It') e adultas e suaves ('Miss Unknown', 'Without You I'm Nothing' e 'Forgive Me'). No entanto, 'Stay' consegue envergonhar os três últimos por ser mais maduro do que alguma vez poderia ser, apesar de serem muito mais interessantes e conseguirem de facto agarrar a música. A produção é negra e forte, e a voz do Eric honesta e vulnerável. É uma música diferente de tudo o resto que ele já havia feito antes. E essa média de oito é épica.
A trindade electrofunk do 'Cover Girl Pt. I', 'Cover Girl Pt. II' e 'Flashy' é o som ao estilo de pista de dança do Eric Saade nestes dias. Uma atualização moderna com um sabor a discoteca clássica dos anos oitenta. É um som estiloso, mas não um gasto de qualquer matéria. Novamente, a produção é intensa. E ele evolui e combina na perfeição. Nós franzimos a testa por ser aquele lixo de 'swag' com que ele costuma tweetar imenso. Mas o que acontece é que foi isso mesmo que ele quis dizer. E sim, ele conseguiu.
'Miss Unknown' e a faixa-título 'Forgive Me' fez com que o álbum não fosse a gravação perfeita, infelizmente. Se elas não tivessem sido escolhidas, ou melhor ainda - substituídas por duas mais popásticas, 'Marching' - que ele teria gravado para o álbum em qualquer outro lugar ao logo do processo - de seguida, ele teria tido esforço impecável com variedade suficiente para agradar a todos os seus fãs e força suficiente para calar os críticos. Mas essas duas baladas que cintamos são um peso morto naquele álbum. Nada mau, mas também não é bom de todo. Nós soubemos que ele é um grande fã do Justin Timberlake, mas não há 'Mirrors'. E assim, invés de vir com uma versão inferior do Timberlake, como ele faz nestas duas músicas, ele deveria concentrar-se em ser a grande estrela pop que é o Eric Saade. Porque se ele descer um degrau - como o 'Miss Unknown' e o 'Forgive Me' fizeram - bem, há um conjunto de contemporâneos seus que gostaríamos de ver no lugar destas duas.
Fora isso, é um álbum fantástico. Não aquilo que esperávamos. E não é o que pensaríamos que quereríamos imenso. Mas é um registo que mostra a quantidade impressionante da evolução do seu som, e ainda serve para ouvir do início ao fim, para alguém que é fã do Eric Saade desde do primeiro dia.
Tal como no passado, o Dia 1 surge neste momento. Mas não estamos evicerados acerca disso tudo, como acontece.
Ouve as 'previews' de cada uma das novas músicas durante a próxima semana aqui no Scandipop. E na sexta-feira, ele lança 'Flashy' - o novo single com A-Lee.
Fonte: scandipop.co.uk
Estou ansioso pra escutar esse álbum '-'
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